Na passada sexta-feira tive a oportunidade de apresentar uma comunicação ao 8º Mestrado de Gestão Desportiva da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Durante a sua preparação, apercebi-me que ocorreu uma grande evolução estética nos equipamentos e houve também uma forte introdução de novas tecnologias. No entanto, nota-se uma forte pressão das empresas fabricantes de equipamentos em vender os seus materiais através de programas pré-coreografados.
A indústria do fitness continua a crescer em número de sócios e de ginásios, em vendas de equipamentos e materiais específicos. A variedade de materiais à escola subiu enormemente tornando a escolha mais difícil e ao mesmo tempo abrindo diversas possibilidades de intervenção neste sector. É pena que em Portugal não se conheça esta diversidade e se opte por seguir o vizinho do lado e adquirir os programas e equipamentos que este adquiriu. A consequência disto é uma luta feroz pelos mesmos clientes. Quando o vizinho é uma grande cadeia a consequência é quase sempre o suicídio do negócio pequeno que procura lutar com as mesmas armas e um reduzido arsenal de actividades, equipamentos e instalações.
É por isso muito importante que os gestores de ginásios conheçam bem o meio em que se inserem, conheçam bem a indústria do fitness (o seu passado, o seu presente e tendências futuras). Mas isso não basta para escolherem os equipamentos mais adequados. Conhecendo-se a si própria, uma empresa terá maior domínio sobre suas forças e fraquezas e pode através do conhecimento do mercado reconhecer ameaças e oportunidades que lhe permitam uma intervenção de sucesso provável.
Nem todos os clientes têm aptidão para realizar aulas de alta intensidade e de grande performance. O exercício físico trás benefícios de saúde e a generalidade da população já reconhece esse facto. Por isso, a ajuda que os ginásios podem dar às pessoas para melhorarem a sua qualidade de vida, deverá ocorrer através da incorporação da actividade física nas suas vidas. Ginásios e saúde continuam algo afastados e os primeiros continuam a prometer aquilo que dificilmente cumprem: grandes mudanças estéticas às pessoas.
Com um conhecimento mais profundo do grande mercado de pessoas que necessitam fazer actividade física de forma regular, podem depois os gestores iniciar a sua pesquisa de equipamentos na Internet, consultando especialistas e sobretudo experimentando e comparando os vários equipamentos nas melhores feiras da especialidade. Só depois, com base num orçamento realista e conclusões sólidas poderão decidir adquirir a máquina A ou B ou simplesmente optar por outra solução que não seja a compra.
Tenho lido alguns dos seus posts e sem duvida bastante bons, sendo este muito realista e descritivo da realidade dos pequenos e médios ginasios que tentam acompanhar em vez de inovar…
Obrigado pelos comentários.
Este “post” foi um resumo das apresentações efectuadas no Mestrado de Gestão de Desporto da FADEUP.
De facto, quando alguns colegas chegam à minha beira e me dizem: – Abriu um novo ginásio na minha cidade! Eu digo: – Deixa-me adivinhar os serviços, as aulas e os horários. Não sou nenhum bruxo, mas se colocarmos vários folhetos de diferentes ginásios lado a lado, iremos verificar demasiadas coisas idênticas quer em termos de instalações e equipamentos quer em termos de serviços. A diferença? Nas… Pessoas!
Vi o site do ginásio FFITNESS. Achei bonito e interessante. Gostei muito da luz natural.
Obrigado pelo comentário ao nosso ginásio, sem duvida a luz natural é uma mais valia…
Se algum dia vier para Viseu não deixe de me contactar, terei todo o gosto em lhe oferecer um treino e falarmos um pouco…